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Mostrando postagens de dezembro, 2007
Por mais que passe o tempo, que eu viva essas outras mesmas coisas, ou outras diferentes coisas – se eu quiser ser otimista –, por mais que eu envelheça, amadureça, azede ou adoce, eu sempre lembro de uma cena, uma vez em que fui rejeitado por um semi-pós-adolescente bem gostosinho e bem burguesinho, mas que não tinha nenhum valor assim valoroso pra mim, uma vez em que, contrariando a importância do momento e das minhas reais fundas vontades, eu cheguei em casa quase de madrugada, sentei e chorei, chorei quase aos soluços, quase intenso, mas chorei sincero, eu sabia e me dizia, eu chorei não por ele, aquele adolescentezinho bem gostoso, eu chorei por mim, por esse sozinho mumificado que eu sou, foi por essa alguma sempre mesma razão que eu chorei, e por mais que passe o tempo, eu sempre volto àquela cena, me questionando, me questionando... em busca da mesma funda razão que eu não defino, querendo, sei lá, talvez o fim desse quase choro, à espera da lágrima inteira, inundante, que me a