TRE – Incompetência ou Impotência?

TRE – Incompetência ou Impotência?

Há exatamente dezoito dias para a realização do pleito eleitoral que decidirá quem irá comandar o país nos próximos quatro anos, na esfera estadual e federal, nos deparamos com a deficiência do Tribunal Eleitoral.
Sabemos que a cada pleito eleitoral, rios de dinheiro do poder público são destinados ao referido órgão que tem como função principal reunir esforços para que o pleito ocorra na mais perfeita ordem, obedecendo às legislações vigentes no país que tratam do assunto.
Talvez nesse aspecto seja que tal órgão venha pecando, cometendo erros e mais erros, e enquanto isso o dinheiro vai rio abaixo e as coisas parecem não acontecer.
Infeliz foi aquele que resolveu instituir o tal “ficha limpa” para este pleito, que para nós tem soado como o verdadeiro Gasparzinho, pois eles existem, mataram, roubaram, foram condenados, mas o TRE fecha os olhos e finge não ver nada. Estamos chegando ao fim do pleito e não conseguiram se quer classificar e punir os “ficha suja”, e para a surpresa da população que assiste a tudo calada, esses candidatos venceram o TRE e o TSE e estão com suas fotos armazenadas nas urnas eletrônicas.
E uma coisa é certa, aquela história de que a urna eletrônica é algo 100% seguro, também não existe mais neste pleito, pois quando se exige que o eleitor leve a sessão eleitoral um documento com foto que venha comprovar que é o próprio que está ali presente in loco, deixa submergir duvidas de que em outros pleitos conseguiram burlar a tal Justiça Eleitoral. Tudo isso são fatos.
Disponibilizaram alguns telefones divulgando-os como gratuitos e com um funcionamento ininterrupto, no entanto no dia 28 de Agosto tentei fazer uma denúncia ligando do meu telefone móvel para o numero 148, resultado: aquilo que era ininterrupto, o tal plantão da Justiça Eleitoral direcionou minha ligação para o 190 da Polícia Militar, da pobre Polícia Militar que não esta preparada quanto à legislação vigente neste pleito eleitoral e que pouco pode fazer nesse caso, com um índice de criminalidade alarmante que temos em Porto Velho, deixar de prender bandido para apreender uma caminhão de som que incomoda numa rotatória qualquer da cidade, isso é vergonhoso. Continuem meus grandes Policiais a prenderem os bandidos, pois até onde sei o TER vem ganhando para executar esse tipo de serviço.
Além do direcionamento da ligação, o que mais me deixou surpreso foi que o tal 148 que (deveria) ter a ligação gratuita, comeu seis reais e trinta centavos do meu crédito. Esperei chegar à segunda feira para mais uma vez reclamar, desta vez, da deficiência do serviço, e, no entanto a encarregada a qual fui direcionado disse que eu estava equivocado, tanto quanto a cobrança dos créditos naquela ligação, quanto com o direcionamento da ligação, ou seja, gentilmente e educadamente me chamou de mentiroso.
Ora ao encerrar a terceira ligação para o tal 148, estava defasado em 19,60 (dezenove reais e sessenta centavos), procurei então à operadora Vivo que me explicou que o serviço era gratuito, mas a ligação partindo de um telefone móvel era tarifada como uma ligação local.
Voltei a ligar num número fixo a mim disponibilizado pela atendente do 148, e voltaram a afirmar que a ligação era gratuita. Comentei sobre a presença de carros de som em diversos pit-stop da cidade, geralmente nos sinais de trânsito e a mesma me afirmou que não era proibida a presença de tais carros, pois a legislação eleitoral para o pleito de 2010 só proibia Trio Elétrico (aqueles que tocam nos carnavais fora de época) isso chega a ser ridículo.
Diante do disse-me-disse entre o TER e a Operadora de telefonia, resolvi então reclamar junto a ANATEL – Agencia Nacional de Telecomunicações, que teria como obrigação Regulamentar e Fiscalizar as Empresas de Telefonia no Brasil, mesmo sendo sabedor e vítima de várias denúncias mal resolvidas, relatei os fatos sobre a cobrança de créditos para um terminal que se diz ou intitula-se GRATÚITO, ai vem àqueles pedidos de um minuto, mais um minuto e ao final cinco dias para a Operadora resolver o caso e caso ela não resolva você (consumidor) volta a ligar para a ANATEL, logo você que fiscalize, pois a tal Agência não o faz.
Para minha surpresa recebo uma ligação originada da Vivo em São Paulo, reconheço pelo código 11, e a mesma questiona sobre a reclamação feita por mim junto a ANATEL e ao final das minhas indagações ela afirma mais uma vez que a prestação de serviço público é gratuita, mas que a ligação originada de um telefone móvel é franqueada ao custo de uma ligação local, mais surpreso fiquei quando a mesma afirmou que me devolveria àquilo que havia sido cobrado, mas que servisse de aviso para próximas ligações: - O serviço é tarifado.
Além disso, venho acompanhando o horário eleitoral, e alguns partidos para ganharem angariarem os votos da classe surda, colocam pessoas que se dizem intérpretes da língua brasileira de sinais e, no entanto as traduções nem sempre condizem com aquilo que vem sendo falado pelos candidatos, colocam intérpretes em rotações alteradas e quando não se utilizam de intérpretes, usam o prompt com a escrita daquilo que se fala e, no entanto mal sabem eles que nossos surdos por mais formação que tenham, ainda não conseguem acompanhar as legendas na velocidade adotada. Confirma-se que não há técnicos com formação na área e por isso tais erros venham sendo cometidos.
Depois de tudo sigo para casa e ao chegar me deparo com vários cartazes de um determinado candidato colado ao muro do Condomínio, uma propriedade particular, ligo agora de um telefone fixo e faço a denúncia, passam 24 horas, 28, e nada acontecem, os cartazes com o tal Pateta continuam lá, resolvo então ligar para o 148 e questionar, e ai meu amigo, pasmem com a resposta: - Senhor Rondon, provavelmente o Juiz da Zona Eleitoral não viu como uma infração do candidato e por esse motivo os cartazes ainda estejam lá, mas o senhor ligue na Zona Eleitoral que corresponde a sua área e faça a reclamação.
Vejam vocês, talvez o Juiz não tenha visto infração na colocação de Cartazes numa propriedade particular e que não autorizou que o mesmo o fizesse em momento algum, uma vez que iniciamos uma pintura no respectivo muro e não iríamos jamais concordar com a colocação de tais cartazes. No entanto quem sou eu para questionar um Juiz? Questiono o Tribunal Regional Eleitoral, nunca um Juiz, questiono por ver o candidato que roubou que matou que comandou quadrilhas, que comprou votos descaradamente, ai de novo, tentando ludibriar eleitores para não perderem a boquinha, ludibriando para terem imunidade parlamentar e por outro lado sinto-me enganado por um órgão que deveria estar agindo mais do que nunca e, no entanto se mostra ineficaz, sem ações dignas, tipo não fede e nem cheira e é quando penso: Seria tudo isso incompetência ou seria impotência?
Seja lá qual for à resposta, é um problema que deixo para eles resolverem, pois como já disse, eles sim ganham pra isso.

Rondon da Silva
Professor e Analista de Projetos
Intérprete de LIBRAS

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