Greve na UNIR e a sensata decisao dos mestres!

Greve na UNIR e a sensata decisão dos mestres!

Quando escrevi que ao conhecer os integrantes do movimento grevista, de que não daria em nada esse movimento, o fiz com propriedade, quando falei nos tetos de vidro falei com a maior certeza do mundo.
A invasão do prédio da UNIR, agora já não por alunos e muito menos professores e sim por baderneiros, vem comprovar que este movimento não buscava nada a não ser desestabilizar o reitor, alguma coisa pessoal e nojenta, longe de quem tem nível superior ou ao menos de quem busca qualificação para mudar de vida.
Ontem li algo na imprensa sobre uma assembléia que decidiria os caminhos da greve, no final da noite vi um grupo reunido num barzinho, entre eles líderes desse movimento, composto por alguns professores e alguns alunos que por sinal já deveriam ter saído da UNIR, mas não concluíram em tempo seus estudos e continuam lá ocupando lugar de quem quer e precisa estudar eu pensei: "Será que é aqui a reunião? Será que é assim que termina um dia de movimento grevista de uma Instituição de Ensino Superior? Todos na cachaça? O que estariam comemorando?".
E as respostas vieram pela manhã com a notícia da invasão. Triste notícia e como pai de acadêmico, fico a me perguntar: "Por que querem tanto a cabeça do reitor?".
No início a lista de reivindicações parecia séria, banheiros, prédios, laboratórios, melhoria nas salas de aula, restaurantes, dormitórios, enfim, reclamavam antes de tudo de infra-estrutura, aliada aos salários insatisfatórios da classe de docentes, mas no fundo tudo se articulava como desculpa para um único objetivo: derrubar o Reitor.
Ora, o reitor foi eleito e quem elege, volto a dizer, é a maioria. Se existem obras paradas no campus, ótimo, sinal de que obras estão sendo realizadas, nenhum reitor fez o que Januário Amaral vem fazendo, e isso não é mérito dele, mas de um grupo que compõe a Universidade, formada de Reitor e Pró Reitores e aí é que vem a pior parte, quem está fora desse grupo é que está insatisfeito.
Incentivar o alunado a se manifestar é uma coisa, incentivar a tomar um prédio, invadir, obstruir a ordem, isso há de ser crime e como pai de acadêmico da Unir confio nos órgãos de justiça para que medidas de punição sejam tomadas, para dar exemplo e mostrar o lado correto de como as coisas funcionam.
Ontem soube que o pessoal do Direito, que em apoio aos mestres aderiram ao movimento por uma semana, de forma correta e coerente estão de volta às aulas. Os alunos de Direito que nem sala têm para seus estudos, o Direito que não tem prédio próprio, o Direito que tem como coordenador o atual presidente da Adunir, voltou às aulas. O Direito que com todas as dificuldades continua a ser o melhor curso de Direito de Rondônia, quiçá da Região Norte.
Então nem preciso ir longe demais, tudo estava previsto, pois o movimento não tinha representatividade, os representantes não tinham credibilidade e o que é pior os representantes do movimento perdiam a cabeça e deu no que deu.
É hora de voltar, é hora de estudar, mas acima de tudo é hora de se organizar e exigir, pacificamente melhorias junto ao MEC, exigir que o MEC deixe de fomentar as Instituições Particulares de Ensino Superior, jorrando o PROUNI nela todos os meses de forma injusta e eleitoreira, exigir que o Ministério volte os olhos para as Instituições Federais e para aquilo que elas necessitam, afinal as Universidades Federais não existem só para dados estatísticos, o que há de melhor hoje no mercado saiu das Instituições Federais, que mesmo com todas as dificuldades, ainda se estruturam e se equipam de pessoas altamente qualificadas e preparadas para transmitir o ensinamento aos nossos filhos, professores especialistas, mestres e doutores, estes sim Magníficos pela própria razão de ser.
Uma pena que tenha sido assim, uma pena o rastro que fica de um movimento desses, os nomes marcados, as figuras carimbadas, enfim assim termina mais um movimento grevista, assim termina mais um movimento que teve causa e efeito: irresponsabilidade e insucesso, não necessariamente nesta ordem.
Parabéns mestres pela inteligente e sensata decisão. Contem com o apoio dos pais sempre que precisarem, para movimentos sérios, com credibilidade e com reivindicações que visem melhorias e não movimentos banais e sem objetivos, creio que é isso que a sociedade espera de vocês.

Rondon da Silva
Analista de Projetos
Pai de Acadêmicas da UNIR

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